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Elaine Sanoli
Publicado em 22 de maio de 2025 às 20:54
A Câmara Municipal de Salvador aprovou, em sessão extraordinária, realizada nesta quinta-feira (22), o Projeto de Lei de nº 174/25 que dispõe sobre o reajuste dos servidores. Antes da aprovação, a sessão foi interrompida com a invasão do Centro de Cultura da Casa por representantes dos Sindicatos dos Professores e dos Servidores do Município, que protestava na Praça Municipal antes do ato. >
De acordo com o presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), a votação aconteceu fora do plenário para preservar a segurança dos vereadores e dos servidores. Foram apresentadas seis emendas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sendo quatro pela bancada de governo e duas pela oposição. A matéria contou com parecer favorável do presidente do colegiado e relator, vereador Sidninho (PP), sendo encaminhada depois para apreciação. Com abstenção da bancada de oposição, o projeto foi aprovado pela maioria.
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"Projeto votado, encerrado, após isso será sancionado pelo prefeito. Agora é pedir o bom senso da bancada de oposição para que haja uma construção de um consenso, já que foi muito tenso hoje. Na realidade, pode ter certeza que o que os sindicatos, o verdadeiro sindicato, precisar da Câmara Municipal para que nós possamos fazer essa intermediação entre o Executivo Municipal e a categoria e, pode ter certeza que estaremos aqui para fazer e ajudarei no que for necessário, desde que não volte a ter agressões e destruição do patrimônio público”, declarou o presidente.>
Após o grupo entrar no plenário, à tarde, Bruno Carianha, diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), pegou o microfone das mãos do vereador Sidninho, que tentou recuperar o equipamento. O tumulto se intensificou e durante a confusão, o parlamentar teria sido mordido. A reportagem entrou em contato com Sidninho para confirmar a informação, mas não conseguiu retorno. Carianha foi detido por Policiais Militares e acompanhado pela Guarda Civil Municipal de Salvador (GCM). A PM foi procurada pelo CORREIO, mas não houve retorno.>
"Essas agressões não são feitas por verdadeiros sindicalistas, são feitas por baderneiros. Então, para mim, é um ato que vem de pessoas que não sentam numa mesa de negociação como determina os próprios sindicatos, como determina a lei, para que as reivindicações deles sejam atendidas”, pontuou Muniz. >