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Receitas e despesas: veja o levantamento financeiro de Bahia e Vitória em 2024

Informações foram obtidas a partir das demonstrações financeiras e documentações disponibilizadas nos sites oficiais e na federação estadual

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 15 de maio de 2025 às 17:45

Bahia e Vitória
Bahia e Vitória Crédito: Divulgação

Tão importante quanto os resultados dentro de campo é a sustentabilidade financeira de cada clube de futebol. A preocupação não é diferente com a dupla Ba-Vi. O CORREIO teve o a um levantamento financeiro dos dois principais clubes do estado em 2024. O balanço destaca os principais valores de receitas, custos e despesas, endividamento e comparativos históricos dos clubes.

As informações, divulgadas pela EY, foram obtidas a partir das demonstrações financeiras e documentações adicionais disponibilizadas nos sites oficiais e/ou na federação estadual. Para o Bahia, foram considerados apenas os números do Bahia SAF, já que a associação não havia publicado suas demonstrações financeiras até a finalização do levantamento.

O relatório estabelece direitos de transmissão e premiações, transferências de jogadores, dias de jogos, comerciais, clube social e esportes amadores como fontes de receita já consolidadas entre os clubes.

Receitas

No período entre 2021 a 2024, a receita bruta total de Bahia e Vitória atingiu seu menor valor em 2022 e alcançou o maior em 2024, com R$ 484 milhões, acréscimo de 218% em relação a 2022. Já a receita operacional bruta recorrente, que refere-se ao obtido de forma regular e contínua, atingiu seu ápice em 2024, com R$ 447 milhões. A maior receita bruta pertence ao Bahia, que apresentou em 2024 um valor de R$ 298 milhões, cerca de 60% superior à do Vitória, com R$ 186 milhões.

Houve um crescimento geral das receitas de direitos de transmissão e premiações, que atingiu seu pico em 2021, representando 54% da receita bruta total, e que teve uma queda em 2022. A receita com negociações de atletas vem sendo retomada, alcançando R$ 37 milhões em 2024, três vezes mais do que a gerada no ano anterior.

O Esquadrão também se destacou em 2024 na receita recorrente e nas negociações de atletas, com R$ 263 milhões e R$ 36 milhões, respectivamente. Em contrapartida, o Leão teve R$ 184 milhões e R$ 2 milhões nessas duas métricas. O dinheiro arrecadado com atletas representou apenas 1% da receita do Vitória.

As receitas com bilheteria, programas de sócio-torcedor, aluguel de camarotes, cadeiras cativas, alimentação e bebida e outras receitas geradas em dias de jogos representaram 33% da receita bruta total. O valor absoluto das equipes apresentou crescimento de R$ 30 milhões em 2024.

Já as receitas comerciais são somadas de patrocínios, licenciamento de marca, lojas oficiais, mídias digitais, vendas de camisas, ações publicitárias etc. Na temporada ada, houve um crescimento de 36% em relação a 2023, mas diminuiu em representatividade da receita bruta total, caindo de 26% para 23%.

As receitas do Bahia no ano adofoi mais diversificada que do time rubro-negro. O Vitória teve quase metade de suas receitas garantidas por direitos de transmissão e premiações.

Custos e despesas

O Bahia teve custos e despesas operacionais que superaram os R$ 420 milhões, valor maior que o dobro do Vitória, com R$ 206 milhões. A maior parte foi concentrada na folha de pagamentos do profissional masculino, 69% no Tricolor e 47% no Leão.

Nos recursos destinados ao futebol, o Bahia investiu R$ 391 milhões no profissional masculino, composto por R$ 294 milhões destinados à folha salarial e R$ 97 milhões em amortizações, baixas contábeis e custos com transferências. O Vitória, por sua vez, investiu R$ 104 milhões, sendo R$ 97 milhões na folha salarial e R$ 7 milhões nas outras despesas relacionadas às transferências.

Valores de pagamentos de premiações, direito de imagem, direito de arena e encargos trabalhistas e fiscais foram considerados no cálculo das folhas.

Ambos os clubes apresentaram resultados negativos de investimentos em atletas, ou seja, suas receitas com venda de atletas foram inferiores às suas despesas relacionadas às transferências. O saldo negativo foi de R$ 62 milhões no Bahia e R$ 5 milhões no Vitória.

Endividamento

Com relação ao índice de endividamento líquido ajustado, o Bahia apresentou uma relação com sua receita total de 0,5x (R$ 156 mi), enquanto o do Vitória foi de 1,7x (R$ 315 mi). A diferença entre os clubes foi de 159 milhões.

O Leão encerrou 2024 com maior endividamento tributário, com R$ 111 milhões, e maior endividamento referente à empréstimos e à instituições financeiras, com R$ 10 milhões. O Esquadrão, por sua vez, não apresentou endividamento tributário e bancário. No endividamento do Esquadrão não está sendo considerado o mútuo firmado entre City Football Group Brazil e o Bahia SAF.

Os rubro-negros apresentaram um resultado financeiro negativo de R$ 6 milhões, com um comprometimento de 3% da sua receita operacional líquida (ROL) em despesas financeiras. Já os tricolores tiveram um resultado financeiro positivo de R$ 3 milhões, sem comprometimento da ROL em despesas financeiras.