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Em evento, ACM Neto propõe carta compromisso com alternativas para combater a violência

Evento foi promovido pela fundação Índigo liderada por ACM Neto debate propostas contra a criminalidade na Bahia

  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 6 de junho de 2025 às 05:30

Evento aconteceu no Fiesta Bahia Hotel
Evento aconteceu no Fiesta Bahia Hotel Crédito: Betto Júnior

Discutir os problemas, levantar debates e propor soluções foram os objetivos centrais do evento “SOS Bahia - Caminhos para mudar a segurança pública do nosso estado”, promovido pela Fundação Índigo, presidida pelo ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto. Para ele, a Bahia se tornou um “péssimo exemplo nacional” no enfrentamento à criminalidade, resultado direto da postura “omissa” do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

“O que falta na Bahia é governador. Nós temos um governador omisso, ivo e que fecha os olhos, que vira as costas e desconhece o problema tão grave vivido hoje na segurança pública do nosso estado”, declarou ACM Neto. Ele salientou ainda que, há quase 10 anos, a Bahia lidera o ranking nacional de homicídios, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O que falta na Bahia é governador. Nós temos um governador omisso, ivo e que fecha os olhos

ACM Neto

Ex-prefeito de Salvador
ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil
ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil Crédito: Betto Jr/Divulgação

O evento, realizado no Fiesta Bahia Hotel, atraiu especialistas em segurança pública e lideranças políticas como o prefeito de Salvador, Bruno Reis; o governador de Goiás e pré-candidato à Presidência, Ronaldo Caiado; e o senador Sergio Moro — todos do União Brasil. Entre os especialistas, destacaram-se o comentarista político Caio Coppolla e o ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel, que voltou a fazer um alerta: a Bahia caminha para se tornar um novo Rio de Janeiro em termos de violência urbana.

Segundo Pimentel, facções criminosas já atuam na Bahia com o mesmo modelo territorial implantado no Rio. “E a dominação territorial é simbolizada através de uma barricada. Quando eu comecei a receber imagens de barricadas na Bahia - e eu sei que a Polícia Militar está atuando com muita velocidade para retirar essas barricadas -, eu percebo claramente que a Bahia está se tornando o Rio de Janeiro”, declarou.

Eu percebo claramente que a Bahia está se tornando o Rio de Janeiro

Rodrigo Pimentel 

Ex-capitão do Bope

Pimentel também criticou a PEC da Segurança Pública, proposta pelo governo Lula (PT), e defendeu mudanças na legislação penal, como o fim das “saidinhas” - que permitem a saída temporária de detentos do regime semiaberto. “Não tem polícia no mundo que enfrente a violência quando o bandido é colocado em liberdade meses depois”, afirmou.

Carta compromisso

Durante o evento, foi divulgada uma carta compromisso com propostas para enfrentar a crise na segurança pública da Bahia. O documento aponta que o problema vai além das estatísticas: “Ela está presente no cotidiano de milhões de baianos que vivem sob ameaça constante. Assaltos, roubos de cargas, estupros, sequestros, violência doméstica, facções armadas controlando territórios inteiros, ataques a ônibus, bancos e presídios – o medo virou parte da rotina”.

O prefeito Bruno Reis ressaltou que a violência tem impactado inclusive os serviços públicos. “O problema da segurança hoje afeta toda a sociedade, e em especial as pessoas mais pobres. É comum, virou uma rotina. Todos os dias aqui em Salvador, as brigas das facções impedem que o transporte público funcione, que as escolas funcionem, que os postos de saúde possam abrir nos bairros”, afirmou. Ele também denunciou que até obras públicas estariam sendo obrigadas a pagar “pedágio” para seguir adiante.

O governador Ronaldo Caiado, que comanda um dos estados com os menores índices de violência do país, apontou um “colapso completo” na segurança pública da Bahia, com reflexos negativos em outros setores sociais. “Isso leva a outros setores medo e angústia”, declarou. Dados do governo goiano mostram que, em 2024, houve redução de 12% nos homicídios, e 29% nos roubos no estado. Em contraste, segundo o Ipea e o FBSP, a Bahia registrou, em 2023, uma taxa de 43,9 homicídios por 100 mil habitantes — o dobro da registrada em Goiás.

Já o senador Sergio Moro fez duras críticas ao governo federal, responsabilizando pela escalada da criminalidade, especialmente na Bahia. “A Bahia é um estado emblemático, com o maior índice de assassinatos do país. Qual é a coincidência? O governo do estado é do PT, e o governo federal é do PT. Ambos são frouxos no combate à criminalidade”, declarou.