e sua conta
Ainda não é ?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso !
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

De feirante a zagueiro da Seleção: Alexsandro celebra convocação e projeta luta por espaço na equipe

Rejeitado por clubes brasileiros, o defensor do Lille foi uma das surpresas da primeira convocação de Ancelotti

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Pedro Carreiro

  • Estadão

Publicado em 3 de junho de 2025 às 15:43

Alexsandro em entrevista coletiva
Alexsandro em entrevista coletiva Crédito: RAFAEL RIBEIRO/CBF

Uma das principais novidades da primeira convocação de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira, o zagueiro Alexsandro, do Lille-FRA, emocionou-se em entrevista coletiva, nesta terça-feira (3), no CT Joaquim Grava, em São Paulo, ao relembrar da sua trajetória marcada por dificuldades. Rejeitado por clubes brasileiros, o atleta de 25, que já foi feirante, prometeu agarrar a oportunidade de defender a Amarelinha.

"Nenhum clube no Brasil quis ficar comigo. Chego na Europa e jogo três anos na terceira divisão, em Portugal, até chegar no Lille", recorda o jogador, em suas primeiras palavras como atleta da seleção. "Tudo que eu ei, deixar minha família aqui no Brasil, valeu a pena. A dificuldade me fez crescer".

Alexsandro ou pela base do Flamengo, onde trabalhou com Vini Jr e Hugo Souza, com quem reencontrou na seleção. Oriundo da comunidade Dique II, em Gramacho, ele chegou a trabalhar como feirante e por pouco não desistiu do futebol antes de ganhar uma chance no Resende e abrir caminho para jogar em Portugal.

A trajetória de superação foi comemorada por ele, que não escondeu a emoção e revelou que fez um churrasco com a família para celebrar a presença na seleção.

"Até o dia seguinte da convocação eu não acreditava. Foi só quando eu pisei aqui que me dei conta", conta. "Pude ser resiliente e quando não tive força, minha família estava por perto. Mas a gente vai tirando força da dificuldade e quando chega esse momento, hoje eu saboreio".

Ele itiu que o fato de jogar em um clube pouco conhecido dos brasileiros pode causar estranheza na torcida, mas garante estar preparado para o desafio."É normal (as pessoas não o conhecerem), mas o mais importante é eu saber o que ei e como me dediquei para chegar aqui. Temos de lidar (com a pressão), mas para mim isso é normal. Podem me chamar de jogador de time pequeno, mas sei do que sou capaz".

O zagueiro ganhou espaço com a lesão de Eder Militão, com quem Ancelotti trabalhou no Real, e Gabriel Magalhães, do Arsenal. Alexsandro vê a disputa como saudável e sabe que terá de convencer Ancelotti por uma vaga nas próximas convocações.

"Pode parecer clichê, mas estou aqui para agregar. Quero ganhar meu espaço aqui pouco a pouco, com mérito", afirma. "Quero agarrar essa oportunidade assim como fiz em todas na minha vida. E quando eu não tive, fiz acontecer".

O Brasil enfrenta o Equador pelas Eliminatórias nesta quinta-feira (5), em Guayaquil, partida que marca a estreia de Carlo Ancelotti. Já na próxima terça-feira (10), a seleção encara o Paraguai, na Neo Química Arena, em Itaquera.