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Por que mulheres sofrem mais com bruxismo do que os homens?

Estudo baiano mostra que 81,1% dos pacientes atendidos por causa da condição são do gênero feminino, contra apenas 19,9% de homens

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 26 de maio de 2025 às 05:00

Bruxismo é uma condição em que as pessoas apertam ou rangem os dentes de forma involuntária
Bruxismo é uma condição em que as pessoas apertam ou rangem os dentes de forma involuntária Crédito: Shutterstock

Você já se pegou rangendo ou apertando os dentes de forma involuntária ao longo do dia? A ação excessiva e repetitiva dos músculos da mandíbula tem nome, bruxismo, e tem afetado, sobretudo mulheres, Um estudo baiano feito por pesquisadores da Faculdade de Tecnologia e Ciências (UniFTC) de Juazeiro apontou que 81,1% dos pacientes atendidos por causa da condição são do gênero feminino, contra apenas 19,9% de homens.

Entre as mulheres, quem mais sofre com a condição está entre 25 e 50 anos, faixa etária responsável por 63,9% dos atendimentos. O grupo é especialmente vulnerável ao bruxismo noturno, associado a fatores como estresse e ansiedade, que se manifestam durante o sono.

Outros motivos fazem das mulheres as principais vítimas. São eles: 

Fatores hormonais: variações nos níveis de estrogênio, típicas do ciclo menstrual, gravidez e menopausa, influenciam diretamente a sensibilidade à dor e a função muscular, afetando a estabilidade da articulação temporomandibular.

Características anatômicas: a própria estrutura física e funcional da articulação temporomandibular nas mulheres pode torná-las mais suscetíveis ao desenvolvimento de disfunções relacionadas ao bruxismo.

Maior atenção à saúde: as mulheres são mais zelosas e atentas à própria saúde, buscando assistência médica com maior regularidade, o que resulta em um maior número de diagnósticos.

Maior carga de tensão emocional: estudos citados no trabalho apontam que as mulheres costumam acumular uma carga emocional maior, o que potencializa estados de tensão e favorece hábitos parafuncionais como o bruxismo.

Já entre os homens, o perfil mais comum inclui indivíduos acima dos 51 anos, faixa etária responsável por 47,2% dos casos masculinos. O bruxismo em homens tende a ocorrer mais frequentemente durante o dia - chamado de "bruxismo de vigília" -, associado ao estresse cotidiano, tensões musculares contínuas e ao consumo de estimulantes como cafeína e álcool.

Entre os homens de 26 a 50 anos, que representaram 40,3% dos casos, o estresse e hábitos parafuncionais, como roer unhas e apertar os dentes, são fatores determinantes para o desenvolvimento do bruxismo. Segundo a pesquisa, a resistência masculina em buscar cuidados de saúde pode explicar a menor prevalência registrada entre os mais jovens, enquanto os casos mais avançados se tornam mais evidentes com o ar dos anos. 

Dados sobre bruxismo na Bahia por Captura de tela

Quais os sintomas?

Ranger ou apertar os dentes é o principal sinal clínico, mas ainda é possível considerar o desgaste dentário e de restaurações, alterações musculares, como hipertrofia dos músculos da mastigação e estalos articulares (conhecidos como estalidos) ao abrir e fechar a boca.

Como tratar?

O estudo reforça que o tratamento do bruxismo exige uma abordagem multiprofissional e individualizada, com foco não apenas na redução dos sintomas, mas também na identificação e controle dos fatores desencadeantes. A orientação é procurar, em primeiro plano, um dentista. 

Apesar disso, não se possui um tratamento específico para lidar com os sintomas clínicos do bruxismo. “O objetivo é de reduzir a intensidade da dor, inativar pontos gatilhos musculares, reabilitar o músculo e remover preventivamente fatores desencadeantes", ressalta.

O estudo intitulado “Perfil dos pacientes atendidos com disfunções temporomandibulares associadas ao bruxismo em Juazeiro, Bahia” foi publicado na Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação em maio deste ano.