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Bahia: 40% dos municípios estão com desabastecimento de vacinas

Confederação Nacional dos Municípios aponta que falta vacina em 45 das 112 cidades baianas que responderam à pesquisa

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 4 de junho de 2025 às 05:00

Vacina contra a dengue Qdenga
Vacina contra a dengue Qdenga Crédito: Takeda/Divulgação

A terceira edição da pesquisa 'Falta vacina para proteger as crianças brasileiras' revelou que 45 municípios baianos sofrem com a falta de imunizantes inclusos no calendário nacional de vacinação. Esse número é equivalente a 40% das cidades da Bahia que aceitaram responder – no total, foram 112 –, voluntariamente, os questionamentos sobre abastecimento vacinal propostos pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que realiza o estudo.

A pesquisa coletou dados referentes aos meses de abril e maio deste ano, e mostrou que a Bahia ocupa a 8ª posição no ranking dos estados com maior índice de desabastecimento vacinal. Na última edição do levantamento, divulgada em janeiro, o estado ocupava a mesma posição, embora com maior número de desabastecimentos, que alcançava 110 municípios.

Segundo o estudo, houve uma melhora considerável na distribuição dos imunizantes em todo o país, ainda que insuficiente para a erradicação do problema. Dessa forma, as vacinas mais ausentes na Bahia, segundo as secretarias de saúde, são as que previnem catapora, sarampo, caxumba e rubéola.

Para Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, os fatores que favorecem o desabastecimento de vacinas da Bahia são de conhecimento do Ministério da Saúde, a quem cabe adquirir e distribuir todas as vacinas do calendário de vacinação para os estados. Ele afirma que, desde a primeira edição da pesquisa, o órgão federal reconheceu a existência de problemas no abastecimento por meio de uma nota técnica.

"No documento, o Ministério atribui os entraves principalmente a dificuldades relacionadas à fabricação, à logística e ao aumento da demanda. Como medida de contenção, informou estar buscando alternativas para a aquisição de vacinas, inclusive por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)", contou Paulo Ziulkoski.

Ao ser procurado pelo CORREIO, o Ministério da Saúde não respondeu quantos e quais municípios enfrentam o cenário de desabastecimento vacinal nem o porquê, mas informou que mantém cronograma de entrega de vacinas a todos os estados, que são os responsáveis pela distribuição nos municípios. Também, disse que o quantitativo de imunizantes é definido juntamente com os gestores municipais.

A pasta acrescentou que o Brasil registra aumento das coberturas vacinais em todo o país. "[Isso é] resultado das ações de incentivo do Ministério da Saúde – como vacinação nas escolas e a volta das grandes mobilizações nacionais, como o Dia D de vacinação contra a gripe – e da garantia de abastecimento", disse o órgão federal.

Ainda em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o cronograma de solicitação dos estados e municípios quanto à vacina varicela, que é a que mais está em falta na Bahia, tem sido atendido conforme disponibilização do fornecedor. "Neste ano, já foram entregues 2 milhões de doses e 1,7 milhão aplicadas. Estão previstas novas remessas de doses das vacinas de dengue, varicela e as demais que compõem o calendário nacional de vacinação no país", completou, sem definir prazos.

Conselho Estadual de Saúde não reconhece desabastecimento

Marcos Sampaio, presidente do Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), disse desconhecer o cenário de desabastecimento de vacinas no estado. Ele afirma que, ao verificar junto a Superintendência de Vigilância Estadual, que tem a responsabilidade de fazer a distribuição dos imunizantes, não foi verificada nenhuma queixa de falta de vacina por parte dos municípios.

"Pelo contrário, houve municípios, inclusive, que em relação a algumas vacinas, como a Influenza e a Covid-19, nem tem vindo retirar as remessas. [...] A notícia que temos é que não existe desabastecimento na Bahia. Pode haver algum tipo de necessidade de vacinas pontuais, mas são vacinas que substituem uma à outra", pontuou.

Ele, no entanto, ite que a base de dados da Saúde não é clara o bastante. "Dizer que há municípios sem abastecimento na Bahia é muito impreciso e eu atribuo isso ao fato de não termos, de fato, um sistema onde os municípios possam alimentar com informações em tempo real", ressaltou.

Diante da ausência de um sistema de informações mais transparente, o presidente do CES-BA pediu que secretarias e moradores de cidades que estejam com falta de algum imunizante procurem imediatamente as autoridades, para que seja possível fazer o remanejamento de estratégia vacinal e garantir a proteção de todos.

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) foi procurada para informar quantos e quais municípios baianos sofrem com desabastecimento vacinal, quais vacinas estão em falta na Bahia e quais ações estão sendo adotadas para solucionar esse caso. A pasta disse que não seria possível responder a demanda nesta terça-feira (3), data de fechamento desta matéria.