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Entenda o que leva metade dos idosos a sofrer quedas; saiba como se prevenir

Pelo menos 40% dos idosos brasileiros acima de 80 anos sofrem quedas

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 2 de junho de 2025 às 05:00

Idosos
Idosos Crédito: Shutterstock

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia estima que, anualmente, 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas. Quando acontecem, esses episódios não apenas podem causar dores e ferimentos momentâneos, como também pode desenvolver lesões e problemas mais graves de saúde. Apesar do problema ser comum, o médico ortopedista Alexandre Meirelles ressalta que o ato de cair não pode ser normalizado, sendo necessário o conhecimento sobre as causas para a montagem de uma estratégia de prevenção adequada.

Segundo o especialista, que é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) – Regional Bahia, o que leva pelo menos metade dos idosos a sofrer quedas são uma combinação de fatores internos e externos. Entre os internos, isto é, aqueles relativos ao envelhecimento, está a diminuição dos movimentos, que leva os idosos a caminharem mais vagarosamente e a se desequilibrarem com maior frequência.

O uso de remédios em excesso também pode contribuir para o desequilíbrio. “Com o uso de várias medicações, o que às vezes chamamos de polifarmácia, que se refere a uso de mais de cinco remédios diários, há uma alteração de cognição e percepção do paciente. Além desses fatores, há aqueles ligados às doenças crônicas, que também comprometem a mobilidade”, afirma Alexandre Meirelles.

Ortopedista Alexandre Meirelles
Ortopedista Alexandre Meirelles Crédito: Divulgação

Em caso de queda, as lesões não apenas comprometem a mobilidade, mas também afetam a autonomia e a qualidade de vida dos anciões, levando a uma maior perda de massa muscular e aumentando a probabilidade de desenvolvimento de comorbidades associadas ao quadro.

“São muitos os casos de urgências, predominantemente de idosos, com fraturas do fêmur proximal após quedas da própria altura, e com indicação cirúrgica. A minha tia, fez cirurgias de correção de fraturas. No todo, serão realizadas entre 24 e 48 horas após a ocorrência, dada a gravidade dos casos. O tratamento conservador é uma exceção, sendo direcionado apenas aqueles com risco de morte imediata”, conta o médico.

O estilo de vida também influencia na maior suscetibilidade a quedas. Isso significa dizer que quem não se alimenta adequadamente, não tem noites regulares de sono e, principalmente, não fazem exercício físico, têm riscos maiores de caírem. “O que mais reforçamos, hoje, é que a ativação muscular e os exercícios físicos é o que realmente faz esse idoso ficar protegido nesse estágio de vida”, enfatiza o ortopedista.

A falta de atividade física pode favorecer, junto a outros fatores, a perda de massa óssea, que é a principal causa da osteoporose. A doença, que é tão recorrente a ponto de ser considerada pelo ortopedista uma epidemia silenciosa, pode levar à morte em caso de quedas graves, uma vez que fragiliza ao extremo os ossos.

Para evitar a osteoporose, a recomendação é se exercitar, dormir regularmente e manter uma alimentação rica em cálcio. “É preciso tomar suplementos para repor a massa óssea e comer hortaliças, folhas escuras e derivados do leite, como queijos, iogurtes e ricota. Também ideal é afastar alimentos industrializados”, aconselha.

Para promover ainda mais segurança ao caminhar, a recomendação é que quem tem mais de 60 anos opte pelo uso de calçados que fiquem fixos no pé, evitando sandálias rasteiras. Outras formas de prevenção incluem a equipagem da casa com es e materiais necessários para promover uma maior ibilidade para a terceira idade.