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No mês do orgulho, desfecho do casal Laís e Cecília em 'Vale Tudo' revolta fãs

Público LGBTQIAPN+ critica a separação trágica exibida justamente em junho

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 3 de junho de 2025 às 17:14

Casal Laís e Cecília em Vale Tudo Crédito: Divulgação 

A nova versão da novela Vale Tudo, exibida pela TV Globo, reacendeu um debate importante sobre representatividade LGBTQIAPN+ na teledramaturgia. O casal Laís (Lorena Lima) e Cecília (Maeve Jinkings), que havia conquistado o público com uma trama promissora, agora vive um drama que provocou revolta nas redes sociais. A separação das personagens ocorre justo em junho, o mês do orgulho LGBTQIAPN+.

Nos capítulos que foram ao ar entre os dias 31 de maio e 2 de junho, Cecília sofre um acidente grave, entra em coma, e Laís acaba desaparecendo no mar. Apesar de a autora Manuela Dias ter declarado que não mataria nenhuma das duas, o enredo se aproxima demais da versão original de 1988, em que a personagem morre, uma escolha que, na época, foi influenciada por pressões de um público mais conservador.

Em 2025, a promessa de uma abordagem mais sensível e atualizada esbarrou em uma narrativa que, embora não elimine fisicamente as personagens, impõe uma separação forçada em meio ao luto e à tragédia, repetindo estigmas. Com isso, a novela acabou recebendo uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Usuários do X (antigo Twitter) lamentaram a ausência de gestos de afeto mais marcantes entre o casal, que sequer trocou um beijo durante o pedido de casamento.

Veja as cenas da novela "Vale Tudo" por Reprodução/TV Globo

"Manuela Dias tinha todos os meses do ano pra separar o casal, e escolhe justo o mês do orgulho. Isso não é representatividade, é retrocesso", escreveu um internauta.

"Elas não morreram, mas a história foi reduzida a tragédia. Nem um beijo rolou. É sempre o mesmo ciclo de dor pra casais LGBT", comentou outro.

A sensação que fica é de que, apesar dos avanços e do discurso, a representação ainda esbarra em fórmulas antigas. E em um mês marcado por celebrações e lutas por visibilidade, a narrativa de Vale Tudo falha em entregar uma história que acolha e empodere quem mais precisa se ver bem representado.