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Esther Morais
Publicado em 3 de junho de 2025 às 09:58
Encontrado morto no último domingo (1°) em uma casa no Bairro Atalaia, em Aracaju, o juiz Edinaldo César Santos Júnior teve a trajetória marcada por projetos voltados à infância e aos direitos humanos, mas, em um vídeo que voltou a circular nas redes sociais recentemente, ele revelou que tentou se "embranquecer" quando entrou no Judiciário. >
"Talvez alguém questione como seria possível, mas é exatamente não falar sobre esquecer a minha cor, fazer de conta que eu era igual. Uma igualdade que só é possível para quem vive o privilégio", afirmou em entrevista em um podcast. >
A postura do juiz, no entanto, mudou com o tempo. "Eu precisava reafirma-me como pessoa preta dentro da magistratura para dizer: 'É preciso fazer algo'. Todas as vezes que nós. enquanto pessoas negras, nos encontramos, não podemos pensar de maneira individual. Não há possibilidade de erro para um homem ou mulher preta. Todas as vezes que erramos, é o preto que erra. O branco tem a possibilidade de ser pessoa, ter F", acrescentou. >
Morre Ednaldo César Júnior
A publicação foi feita em 25 de julho do ano ado, no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. Nos comentários, diversos seguidores lamentaram a morte do juiz. "Tão necessário! Que perda para o Judiciário e para a sociedade! Que encontre a paz merecida", escreveu um. >
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP), não foram identificados sinais de violência no corpo nem no local. A causa da morte será esclarecida após exames realizados pelo Instituto de Análise e Pesquisa Forense.>
Edinaldo Júnior era juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele também teve atuação destacada no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE), onde coordenou projetos voltados à infância, à juventude e aos direitos humanos. >