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Adolescente que matou colega já tinha dado bolo envenenado a outra vítima

Jovem alega que "não tinha a intenção de que mal maior acontecesse", e que esperava que elas "só sentissem sintomas ruins"

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 4 de junho de 2025 às 10:38

Bolo envenenado: jovem que enviou mimo era colega da vítima e dormiu na casa dela no dia da morte
Bolo envenenado: jovem que enviou mimo era colega da vítima e dormiu na casa dela no dia da morte Crédito: Reprodução

A adolescente de 17 anos apontada como suspeita de matar a jovem Ana Luiza de Oliveira Neves, 17, com um bolo envenenado já tinha tentado usas a mesma técnica com outra vítima alguns dias antes. No caso anterior, a jovem chegou a ter um mal estar ao consumir o bolo envenenado, mas se recuperou dos sintomas. Segundo a suspeita, o primeiro crime teria sido motivado após dois de seus namorados a terem deixado para ficar com a outra menina. Já o assassinato de Ana Luiza teria sido cometido por ciúmes. O crime ocorreu em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O bolo envenenado foi enviado para a casa da vítima no último sábado (31), ela ou mal, chegou a ser levada a um hospital e foi liberada. No domingo (1º), a adolescente voltou a ar mal e não resistiu. As informações são do Portal CNN.

No depoimento à polícia, a suspeita confessou ter colocado óxido arsênico no bolo de pote. Ela teria ido a uma doceria próxima a sua casa, onde comprou o doce que foi entregue a Ana Luiza através de um motoboy. A jovem alega que "não tinha a intenção de que mal maior acontecesse", e que esperava que elas "só sentissem sintomas ruins, tais como vômito". Ao descobrir as notícias sobre Ana, diz que ficou chocada. Ainda no depoimento, ela alegou estar ando por algum problema psicológico e disse que se sentia arrependida por todo o mal que causou. O crime começou a ser planejado no 14 de maio.

Pai de Ana Luiza, Silvio Ferreira das Neves informou que a colega da filha dormiu na casa deles de sábado (31) para domingo (1º). "Essa menina foi dormir lá em casa, acompanhou o caso todo. Viu [Ana Luiza] ando mal, viu a hora que a levei no hospital e, no outro dia, também viu minha menina caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação... Depois da minha filha estando morta, ela ainda me cumprimentou e abraçou", contou o pai, em entrevista ao G1 SP. O relatório médico afirma que ela teve uma parada cardiorrespiratória cerca de 20 minutos antes de chegar à unidade e “encontrava-se cianótica, com hipotermia, sem batimentos cardíacos e sem respiração”.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, a irmã de Ana Luiza recebeu o bolo de pote em casa, no Parque Paraíso, por volta das 17h de sábado. Havia um bilhete com a frase "Um mimo pra garota mais linda que já vi" e, no verso, estava escrito Lulu Linda. Ana Luiza chegou em casa cerca de uma hora depois e comeu o bolo. Por volta das 18h50, ela começou a ar mal, foi levada ao hospital e retornou para casa. Segundo o pai, no domingo, a filha ou mal novamente, caindo no chão do banheiro, e morreu a caminho do hospital.

No sábado, ao receber o bolo, Ana Luiza chegou a enviar um áudio para um grupo de amigos para descobrir quem havia mandado o presente. Durante o velório da filha, o pai de Ana Luiza fez um desabafo emocionado. “É muito difícil para mim... Perdi o amor da minha vida. Minha filha fez 17 anos na semana ada e não tem nem palavras para dizer o que eu estou sentindo. É difícil demais. Só Deus para me dar força, porque a minha filha não merecia isso...”, disse Silvio, que tem outras duas filhas. A informação é do G1 SP.

A jovem que confessou o ato infracional foi encaminhada para a Fundação Casa por volta das 17h, após a Justiça conceder o pedido de apreensão provisória feito pela polícia. De acordo com a investigação, a causa aparente da morte foi uma intoxicação alimentar. Contudo, somente o laudo toxicológico vai apontar se o alimento estava envenenado. A Delegacia de Itapecerica da Serra solicitou à Justiça a apreensão da adolescente de 17 anos. "Ela foi ouvida em depoimento. Diligências prosseguem visando o devido esclarecimento dos fatos", afirmou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).