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Portal Edicase
Publicado em 29 de maio de 2025 às 18:09
A vacinação infantil representa uma das maiores conquistas da medicina moderna, salvando diversas vidas ao redor do mundo. No Brasil, o calendário vacinal oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é reconhecido internacionalmente como um dos mais robustos e íveis, proporcionando proteção gratuita contra mais de 20 doenças potencialmente fatais. >
A busca pela vacinação infantil no país sofreu uma queda significativa a partir do início da pandemia da covid-19, quando o distanciamento social e o receio de contágio afastaram muitas famílias das unidades de saúde, impactando negativamente as coberturas vacinais. >
Apesar desse cenário inicial, alguns estados vêm implementando diversas iniciativas para ampliar o alcance das vacinas , a exemplo de Minas Gerais. O Governo Estadual implementou diversas estratégias para reverter a tendência, como o projeto “Vacina Mais Minas Gerais” e ações de busca ativa de não vacinados, que contribuíram para a recuperação dos índices em 2023 e 2024. >
O aumento do número de municípios brasileiros com boa cobertura para vacinas essenciais, como a tríplice viral e a poliomielite, demonstra avanços, mas ainda há desafios para garantir a imunização completa da população infantil em todo o estado. >
“Estamos presenciando o retorno de doenças que pareciam vencidas, como sarampo e coqueluche. Isso acontece porque a desinformação tem ganhado espaço, fazendo com que pais deixem de vacinar seus filhos por medo infundado”, alerta a Dra. Karolina Danielle, pediatra especialista em saúde da infância. >
Abaixo, confira 10 principais benefícios do calendário vacinal brasileiro >
O Brasil garante que todas as crianças, independentemente da classe social ou região onde vivem, tenham o às vacinas essenciais. Essa universalidade promove equidade em saúde pública e representa um diferencial significativo em relação a outros países. >
O calendário brasileiro oferece imunização contra difteria, tétano, hepatite B, pneumonia, meningite, coqueluche, febre amarela, sarampo, rubéola, caxumba e poliomielite, entre outras enfermidades que podem causar morte ou sequelas permanentes. >
As vacinas seguem rigorosamente as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), sendo constantemente atualizadas com base em evidências científicas internacionais. >
Manter altas coberturas vacinais é fundamental para evitar o ressurgimento de doenças . “Em 2024, registramos aumento de surtos de sarampo e coqueluche em locais com baixa adesão vacinal. Todas essas situações poderiam ter sido evitadas com a vacinação adequada”, explica a Dra. Karolina Danielle. >
Dados do Departamento de Informação e Informática do SUS (DataSUS) mostram que crianças adequadamente vacinadas têm até 90% menos chance de hospitalização por doenças imunopreveníveis, o que representa alívio tanto para as famílias quanto para o sistema de saúde. >
Quando você vacina seu filho, está protegendo também aqueles que não podem se vacinar, como bebês muito pequenos e pessoas com imunossupressão. “Essa é uma responsabilidade coletiva que todos devemos assumir”, ressalta a pediatra. >
Investir em prevenção por meio das vacinas é até 20 vezes mais econômico do que tratar as complicações das doenças evitáveis, segundo estudos do Banco Mundial. Isso permite que os recursos sejam direcionados para outras necessidades em saúde. >
Instituições renomadas, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, garantem a produção das vacinas com tecnologia de ponta e segurança máxima, incluindo rastreabilidade completa de todos os lotes produzidos. >
O SUS demonstra agilidade na incorporação de novas vacinas. Recentemente, foram incluídas a vacina contra dengue (Qdenga) para adolescentes em áreas endêmicas, a meningocócica ACWY ampliada, e mantida a HPV quadrivalente com eficácia comprovada na prevenção de cânceres. >
Cada vacina aplicada representa um ato de resistência contra movimentos antivacina que colocam toda a população em risco. A OMS considera a hesitação vacinal uma das 10 maiores ameaças à saúde global. >
Os dados de 2024 em Minas Gerais revelam coberturas abaixo do ideal em várias vacinas importantes: DTP (78,81%) para a difteria, tétano e coqueluche, segunda dose da tríplice viral (76,11%), hepatite A (75,86%) e meningocócica C (77,67%). Esses números indicam risco real de surtos, especialmente em periferias urbanas e municípios com menor estrutura de saúde. >
“Não podemos permitir retrocessos por medo infundado ou desinformação. A vacinação é segura, eficaz e representa um ato de amor pelos nossos filhos e pela comunidade”, conclui a Dra. Karolina Danielle. >
Para garantir a proteção adequada, é fundamental seguir rigorosamente o calendário vacinal, respeitando as idades recomendadas para cada imunizante. Consulte sempre o pediatra de sua confiança e mantenha a caderneta de vacinação sempre atualizada. Lembre-se: vacinar é um ato de ciência, responsabilidade e cuidado com o futuro das nossas crianças. >
Por Letícia Carvalho >