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Elaine Sanoli
Publicado em 27 de maio de 2025 às 05:30
Quem a pelo entorno da Praça Ana Lúcia Magalhães, no encontro da Pituba com o Itaigara, em Salvador, vê o letreiro desligado enquanto o restaurante segue em pleno funcionamento. Em uma rápida conversa com alguns dos funcionários o motivo é esclarecido: o estabelecimento, que já ou por três roubos em um intervalo de três meses, teve os fios de energia roubados. Nem mesmo o bar do empreendimento escapou ileso, em um dos episódios, garrafas de bebidas alcoólicas foram levadas do local no momento da invasão. >
O espaço conta com sistema de alarme e câmeras de segurança para lidar com o ataque de criminosos, mas nem mesmo todo o aparato mobilizado é capaz de frear a violência da região. Uma funcionária, que não será identificada para preservar a sua segurança, conta que costuma ficar até a meia noite no local e lida com o deserto de pessoas e de agentes de segurança. “O barman espera para fechar a casa comigo justamente porque já é difícil sendo um homem e sendo mulher é ainda pior”, relata. >
Ao CORREIO, ela afirma que na noite do domingo (25), mesmo após um tiroteio assustar moradores e pedestres que circulavam pela praça, não havia policiamento no horário de fechamento do estabelecimento. Populares relataram que no momento do ocorrido também não havia autoridades policiais no entorno da praça. >
A sensação de insegurança é compartilhada com outros trabalhadores na região. Sem se identificar, uma funcionária de uma sorveteria nas imediações diz que são frequentes os relatos de assaltos naquela região e que sente medo de ser alvo da violência. “Na maioria das vezes a gente abre aqui cedo e a praça fica bem deserta”, ressalta. De acordo com ela, o estabelecimento decidiu reforçar os mecanismos de segurança instalando câmeras e um sensor de movimento na parte externa. Eles já possuíam um sistema de alarmes no local. “Tivemos que colocar já a partir da noite, quando fechamos às 22h, 23h no final de semana, já fica acionado”.>
Um tiroteio acabou com a tranquilidade da Praça Ana Lúcia Magalhães por volta das 11h30 da manhã deste domingo. De acordo com testemunhas, a praça estava cheia quando os disparos aconteceram e crianças e adultos se jogaram no chão na tentativa de buscar abrigo para se proteger. Segundo moradores, durante uma tentativa de assalto um policial que estaria à paisana no momento do ocorrido teria flagrado o crime e interveio com um disparo de arma de fogo contra o suspeito, que fugiu.>
"Durante a fuga, outro homem ainda não identificado atirou contra o suspeito, atingido na perna uma pessoa que ava no local, a qual foi socorrida para o HGE [Hospital Geral do Estado] e não corre risco de vida", disse a Polícia Civil. Já a PM informou, em nota, que uma equipe da 35ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) foi acionada com uma denúncia de disparo de arma de fogo na Rua Padre Manoel Barbosa, nas imediações da Praça Ana Lúcia Magalhães. "No local, os militares confirmaram a presença de um homem ao solo, consciente, vítima de disparo de arma de fogo. O SAMU foi acionado e o homem socorrido para uma unidade de saúde". Segundo moradores, a PM não fazia o policiamento do local no momento do incidente.>