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Maysa Polcri
Publicado em 7 de junho de 2025 às 09:03
O guarda civil municipal Ítalo Lisboa de Paula, de 42 anos, foi assassinado durante um assalto na avenida Aliomar Baleeiro, no bairro Pau da Lima, em Salvador, na noite de sexta-feira (6). O agente era lotado em Simões Filho, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ao chegarem no local do crime, policiais militares encontraram Ítalo Lisboa morto. >
Dois homens armados teriam abordado a vítima próximo ao Assaí Atacadista. Eles roubaram a moto de Ítalo Lisboa e dispararam contra o guarda municipal. Segundo a Polícia Civil, imagens de câmeras de segurança são analisadas para tentar identificar os suspeitos. >
A Guarda Civil Municipal de Simões Filho lamentou a morte do agente. "Ítalo será sempre lembrado por sua postura ética, seu profissionalismo exemplar e pela contribuição inestimável à segurança pública. Neste momento de dor, expressamos nossa solidariedade e sentimentos à família, amigos e colegas de farda", diz a nota publicada neste sábado (7). >
A polícia confirmou que agentes da 47º Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) foram acionados e encontraram Ítalo sem vida. O local foi isolado até a chegada da perícia. O caso é investigado pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) como latrocínio. >
Este é o segundo caso de guarda municipal morto na Região Metropolitana de Salvador em um mês. No dia 6 de maio, George Santos Viana, 41, agente lotado em Salvador, foi morto em Camaçari. Ele saiu de casa para ir até uma padaria quando foi reconhecido e morto por traficantes da facção Bonde do Maluco (BDM), que atua na área.>
Em um vídeo publicado neste sábado (7) nas redes sociais, o coronel Humberto Sturaro, diretor-geral da Guarda Civil Municipal (GCM) de Salvador, lembrou da morte de George Santos e lamentou o assassinato de Ítalo Lisboa, em Pau da Lima. "Meus profundos sentimentos à família de Ítalo e à Guarda Municipal de Simões Filho. Segundo agente de segurança municipal assassinado em menos de um mês. Isso encobre toda a produtividade e trabalho realizado porque retira, da comunidade, a percepção de segurança", disse o coronel. >
Sturaro ainda reclamou das críticas sofridas pela corporação e disse que casos em que os guardas são as vítimas têm pouca repercussão. "Fatos como esses, assassinatos de companheiros, e muitos outros que sofremos, não reverberam. O que reverbera são nossos fatos negativos [...] Jamais existirá uma força de segurança sem os corrompidos", falou. Na última terça-feira (3), um guarda municipal foi flagrado agredindo um condutor durante uma blitz na avenida Paralela, em Salvador. >