Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Alan Pinheiro
Pedro Carreiro
Publicado em 10 de junho de 2025 às 06:00
Adaptar-se a um novo clube nunca é uma tarefa simples, ainda mais quando se chega sob desconfiança da torcida e com a missão de substituir uma das referências do elenco. Essa foi exatamente a situação vivida por Lucas Halter ao desembarcar no Vitória. Apesar do cenário desafiador, o zagueiro soube lidar com a pressão, conquistou rapidamente a titularidade e, hoje, carrega a braçadeira de capitão da equipe. >
Antes de chegar à Toca, por empréstimo do Botafogo, Halter atravessava um momento delicado no clube carioca. Ele havia cometido uma falha decisiva na final da Supercopa do Brasil, contra o Flamengo, em janeiro, o que acabou custando o título ao Fogão. O erro marcou sua agem pelo clube e minou sua relação com a torcida alvinegra. Assim, ao ser anunciado pelo Vitória, em fevereiro, encontrou um ambiente desconfiado também por parte da torcida rubro-negra.>
A princípio, a expectativa era de que Halter formasse dupla com Wagner Leonardo, referência técnica da zaga desde 2023. No entanto, apenas uma semana após sua chegada, Wagner foi vendido ao Grêmio, e Halter herdou, de imediato, a responsabilidade de ocupar o posto de titular absoluto. Apesar de todos os desafios, o defensor se adaptou rapidamente ao clube, à cidade e à torcida, assumindo um papel de liderança dentro de campo. Não à toa, tornou-se capitão da equipe.>
"A minha adaptação ao clube foi muito tranquila, fui muito bem recebido por todos. Estou me sentindo muito bem aqui e não é o meu estilo de jogo que tem que se encaixar, eu que tenho que me encaixar no estilo de jogo proposto durante os jogos", destacou o zagueiro em entrevista coletiva. >
Sua estreia com a camisa rubro-negra aconteceu no dia 16 de fevereiro, na vitória por 2 a 0 sobre o Jequié, pela 8ª rodada da primeira fase do Campeonato Baiano. Desde então, Halter disputou 25 partidas, todas como titular, e já marcou dois gols. Acumulando 2.250 minutos em campo, é o segundo jogador do elenco com maior minutagem na temporada.>
Mais do que presença constante, Halter se tornou peça-chave em uma defesa marcada por desfalques e baixa competitividade, que só não foi vazada em um jogo do Brasileirão. Além dele, apenas Edu, Neris e Zé Marcos compõem o setor. Neris está lesionado há quase um mês, enquanto Zé Marcos também ou um longo período afastado por problemas físicos.>
No Brasileirão, Halter lidera entre os zagueiros do Vitória em desarmes (13) e cortes (63). No elenco como um todo, é o jogador com maior média de es por partida (48,9), além do melhor índice de acerto (91%). Também se destaca nas bolas longas: são 27 es do tipo, com 46% de aproveitamento, o melhor entre os defensores da equipe.>