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Alan Pinheiro
Publicado em 27 de maio de 2025 às 18:16
Nomes importantes para duas gerações do boxe feminino brasileiro, as baianas Adriana Araújo e Bia Ferreira revelaram os próximos os de suas carreiras dentro do esporte. As informações foram ditas durante participação no podcast Andreoli Modo On. >
Adriana, primeira medalhista olímpica do boxe feminino nacional, relembrou momentos marcantes da sua jornada, como o pedido a Deus que fez à beira-mar em 2000 para estar entre as três melhores do mundo, o que se concretizou com o bronze em Londres 2012. “ É um bronze que, para mim, vale ouro”, afirma a atleta.>
Agora, ela faz um pedido diferente. Como antecipado pelo CORREIO em janeiro, a pugilista tem a expectativa de ser campeã no Mundial ainda esse ano. Hoje, ela compartilha sua experiência com jovens atletas no centro de treinamento que leva seu nome, em Salvador.>
Localizada no bairro da Graça, a academia conta com ringue semi-profissional (4x4 metros), tatames, sacos de pancada, halteres, máquina de boxe musical, pera de velocidade, push ball de boxe, além de uma área dedicada para trabalho de LPO (Levantamento de Peso Olímpico) com barras e anilhas.>
Já Bia Ferreira, prata em Tóquio e bronze em Paris, falou sobre o dilema entre seguir no boxe olímpico ou focar totalmente no profissional. “Me sinto bem, só falta mais uma medalha para completar”, referindo-se ao tão sonhado ouro olímpico. Ainda em adaptação à nova rotina do boxe profissional, Bia revelou que a decisão de ir para mais uma olimpíada ainda está sendo estudada com sua equipe. >
“Dependendo de mim, tamo ai, eu estou bem”, afirmou, enquanto Adriana incentiva a transição definitiva da pupila. “A maior atleta que ela teve para aprender fui eu”, disse com orgulho. Adriana confessou que sente que devia ter transacionado para o profissional logo após 2012, mas o cenário do boxe feminino brasileiro naquela época não favorecia. >
O episódio também contou com uma visita da apresentadora Eliza Ranieri ao CT de Adriana, em Salvador, mostrando de perto o impacto social e esportivo da estrutura. Para Adriana, esse apoio simboliza mais do que um investimento. “Me fez entender que tudo que eu fiz na minha vida em relação ao esporte valeu a pena”, finalizou. >