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Por que tomar o anticoncepcional na ordem e no horário certo? Entenda os riscos e cuidados necessários

Especialistas esclarecem dúvidas comuns sobre o uso correto da minipílula e pílula combinada

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 25 de maio de 2025 às 09:00

Anticoncepcional
Anticoncepcional Crédito: Shutterstock

Tomar a pílula anticoncepcional corretamente é um hábito que garante a eficácia e segurança. Já esquecer um comprimido, mudar o horário ou não seguir a ordem da cartela pode comprometer a proteção contra uma gravidez indesejada — e até afetar tratamentos hormonais específicos. Em entrevista ao CORREIO, o ginecologista Alexandre Amaral, a farmacêutica Ana Lima e a doutora Deusaline Gadelha se uniram para esclarecer as principais dúvidas sobre o uso adequado do anticoncepcional oral.

A ordem da cartela importa?

Embora algumas cartelas tenham comprimidos com dosagens iguais, seguir a ordem indicada continua sendo essencial. Os especialistas ressaltam que a maioria das pílulas vem com adesivos que ajudam a organizar os dias da semana justamente para garantir que o medicamento seja tomado de forma cronológica e sem confusões.

O alerta se torna ainda mais importante para pílulas bifásicas ou trifásicas, que contêm diferentes concentrações hormonais ao longo do ciclo. “Esses anticoncepcionais tentam imitar o mais próximo possível o ciclo hormonal natural da mulher”, explica o especialista. “Cada fase da cartela tem uma quantidade específica de hormônio. Tomar fora de ordem pode confundir o organismo, provocar ovulação e comprometer a eficácia do método”, esclarece o doutor Alexandre.

Por que tomar sempre no mesmo horário?

Outro ponto fundamental é a regularidade do horário de ingestão. Cada medicamento possui uma meia-vida — o tempo que a substância permanece ativa no corpo. Ao tomar a pílula todos os dias no mesmo horário, a paciente garante uma concentração hormonal constante, o que mantém o efeito desejado e reduz os riscos de falhas.

“Para que o hormônio sintético consiga ser eficaz ele precisa estar em uma quantidade dentro do organismo e isso só é possível quando se é utilizado o medicamento de forma correta. Ao usar de forma desordenada os riscos dessa quantidade ideal para o efeito contraceptivo pode não acontecer”, ressalta a farmacêutica Ana Lima, professora de Fármacia da Uninassau. 

E se eu esquecer de tomar?

Esquecer um comprimido é uma das dúvidas mais frequentes entre usuárias de anticoncepcionais. O que fazer nesses casos? A recomendação geral, de acordo com a bula da maioria das pílula e com os médicos é simples:

“Se o esquecimento for inferior a 12 horas do horário habitual, tome o comprimido assim que lembrar e mantenha os próximos no horário de sempre — nesse caso, a eficácia do método costuma ser mantida”, explica Deusaline, ginecolista do Centro de endometriose da Bahia e  da clínica AMO.

Já se o atraso for maior que 12 horas, a recomendação é outra: “tome o comprimido esquecido assim que lembrar, mesmo que isso signifique tomar dois no mesmo dia, mas utilize um método contraceptivo adicional, como o preservativo, pelos próximos 7 dias, para garantir a proteção”, ressalta

Caso a mulher esqueça por mais de dois seguidos, o doutor Alexandre explica que o indicado é abandonar a cartela, utilizar preservativo e recomeçar com uma nova cartela na próxima menstruação.

Quais são os principais tipos de pílula?

Atualmente, existem dois principais tipos de anticoncepcionais orais: as pílulas combinadas, que contêm estrogênio e progestagênio e as pílulas de progestagênio isolado, indicadas em alguns casos específicos, como para mulheres em fase de amamentação.

Ambos os tipos exigem uso diário e disciplinado para manter a eficácia. Em alguns casos, além da contracepção, as pílulas são prescritas para tratar condições como endometriose, dores menstruais intensas ou mesmo para suspender a menstruação.

O indicado sempre é seguir a recomendação médica. "Com essa variedade de substâncias, a escolha é realizada pelo médico e também está associada à tolerância aos efeitos adversos", explica Ana Lima.