Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Heider Sacramento
Publicado em 23 de maio de 2025 às 08:18
A escolha de Virgínia Fonseca como Rainha de Bateria da escola de samba Grande Rio para o Carnaval de 2026 gerou polêmica nas redes sociais, e uma das críticas mais contundentes veio da atriz Carol Castro. A artista usou seu perfil para se posicionar contra a decisão da agremiação, questionando a compatibilidade entre a influenciadora e o enredo da escola, que homenageará o movimento Manguebeat. >
A reação de Carol veio após um post do perfil Seremos Resistência, que levantava a incoerência entre o samba-enredo, voltado para questões sociais, e a imagem de Virgínia Fonseca, especialmente após seu recente depoimento à I das apostas esportivas. Em resposta, a atriz não poupou palavras:>
“Isso não pode continuar, certo?”, escreveu ela, ao endossar a crítica feita por outro usuário que lembrava a participação de Virgínia na I. "Ela que há uma semana estava depondo na I das bets justamente por enganar pobre e ganhar dinheiro em cima deles.">
Carol aproveitou a oportunidade para relembrar sua própria trajetória no Carnaval. Rainha de Bateria do Salgueiro em 2005 e 2006, ela compartilhou nas redes a emoção de ter desfilado à frente da bateria da escola, ressaltando a dimensão simbólica do cargo.>
“Minha estreia como rainha da bateria do Salgueiro em 2005 com 21 aninhos! Inesquecível desfilar à frente de uma bateria furiosa como a do Salgueiro! Arrepia a alma! O coração explodiu, de fato”, escreveu a atriz, em tom nostálgico.>
Segundo Carol, mais do que glamour, o posto carrega a missão de representar a comunidade e sua história: “Não é só sobre brilhar, é sobre estar em sintonia com o enredo, com os valores da escola e com a luta do povo que ela representa.”>
A crítica de Carol ecoa um sentimento compartilhado por parte do público, que vê na nomeação de Virgínia um descomo com a proposta do enredo. O tema da Grande Rio em 2026 pretende exaltar o Manguebeat, movimento musical surgido em Pernambuco nos anos 1990, que uniu ritmos regionais a uma forte crítica social — algo que, na visão de muitos, exige uma representação condizente com esse legado.>