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Elis Freire
Publicado em 11 de junho de 2025 às 20:02
Um ator da Globo está sendo acusado de violência doméstica pela ex-companheira, que expôs agressões físicas e psicológicas através de um post no Instagram. De acordo com Portal Léo Dias, esse global atuou recentemente em “Garota do Momento” —novela das 6 — além de ter feito parte do elenco de “Todas as Flores” e “Vai na Fé”.>
A vítima que relatou o caso em uma conta de Instagram anônima teria se relacionado com o famoso por cerca de 2 meses. Segundo ela, outras mulheres, incluído famosas do meio artístico também teriam sofrido com o comportamento agressivo e abusivo do artista.>
A moça expôs a situação sem dar nome a personalidade midiática e disse ter uma medida protetiva. Ela relata ainda que outras atrizes da Globo também “comeram o pão que o diabo amassou” em suas mãos, com violências, chutes e até sendo trancada no banheiro. Ao divulgar os detalhes, ela se colocou como porta-voz por todas essas mulheres.>
Veja relato anônimo:>
Eles chegam mansos, cheios de histórias partidas, olhos úmidos e frases decoradas sobre dor. Falam de pais ausentes, de abusos sofridos, da luta para ‘amar direito’, e você, mulher inteira, se aproxima com cuidado e fé porque acredita no amor como cura e não imagina que há quem use a própria ferida como disfarce. No começo, ele é sensível, é atento, chora fácil, te ouve fundo e se diz diferente. Você respira alívio e pensa: agora vai. Mas o que vem depois… é o roteiro que tantas de nós já conhecemos. O tom que sobe, a impaciência, o grito, o empurrão negado, a culpa lançada, a dor como desculpa, a promessa de terapia e o pedido de perdão.>
E tudo isso com a destreza de quem sabe manipular narrativas, porque fora dali, no mundo, ele é outro: é o homem público de fala doce, perfil poético, camisa de linho e legenda sobre afeto e autocuidado. O ideal de responsabilidade afetiva, pelo menos até a porta se fechar. Mas, por dentro, há vício de controle. Há medo disfarçado de poder, há violência que não se contenta em explodir, e ela vai minando aos poucos, corroendo a autoestima, esvaziando você de si. E essa foto, essa era a nossa favorita. Hoje, carrega rabiscos, marcas invisíveis do que ninguém vê nos retratos felizes.>
Não rabisquei por raiva, mas porque ela precisava dizer o que a imagem não contou: que até os olhos mais doces podem esconder abismos. Hoje, eu falo, com o corpo reerguido por meses de terapia, com apoio vindo de mãos que ele nunca pôde controlar: amigas, profissionais, mulheres desconhecidas que me reconheceram. Falo por mim e por tantas que foram silenciadas pelo peso do sobrenome, pela proteção da mãe cega, pela força pública de um homem bem ensaiado. Este texto é um farol aceso no escuro que ele mesmo ajudou a construir. Não é vingança, é aviso. Nem toda agressão vem com punho fechado. Nem todo abusador se acha monstro; alguns se veem como heróis. E talvez o pior tipo de vilão seja o que acredita na própria farsa”.>