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Programa de incentivo à indústria química pode ter impacto positivo de R$ 112 bilhões no PIB

Polo Industrial de Camaçari perdeu, pelo menos, 15 empresas do ramo nos últimos 20 anos

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 29 de maio de 2025 às 05:00

Camaçari reúne maior parte das indústrias químicas na Bahia Crédito: Divulgação/Vaner Casaes/Arquivo

Nova sigla

Com o fim do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) cada vez mais próximo, a atividade aposta o seu futuro em uma nova sigla: a Presiq - Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química. Em um mercado dominado por empresas de países que oferecem matéria-prima abundante e barata, muitas vezes subsidiada, as empresas brasileiras lutam para se manter no mercado. E as razões pelas quais esta é uma discussão que deveria interessar a todos a pelos mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos mantidos, pela participação de 11% no PIB nacional, além da geração de R$ 30 bilhões em tributos por ano. A aprovação do programa, que está sendo analisado na Câmara dos Deputados, tem potencial para gerar um impacto positivo de R$ 112 bilhões no PIB, projeta a Abiquim, entidade que representa a indústria química.

Parceria

Renata Bley, diretora de Relações Institucionais e de Global Advocacy da Braskem, destaca a importância da bancada federal da Bahia em Brasília. "Nós temos visto um engajamento de todos os parlamentares, independente do partido. Isso é muito importante porque a indústria química tem uma relevância muito grande para o estado", destaca. Ela lembra que nos últimos 20 anos, o Polo Industrial de Camaçari perdeu, pelo menos, 15 empresas químicas. "Quando uma empresa do nosso ramo chega ao ponto de fechar, é um caminho sem volta", diz.

Desafio

Em 2024, o Brasil registrou um saldo negativo na balança comercial de produtos químicos de R$ 48,7 bilhões, graças a uma verdadeira invasão de produtos químicos dos Estados Unidos e China, principalmente. Como resultado, as indústrias brasileiras operaram com uma média de utilização da capacidade de produção de 64%, quando números abaixo de 80% são insustentáveis a longo prazo.

Diferenças

O Presiq é visto como mais eficiente para o desenvolvimento da indústria química no país. Entre outras coisas, ele prevê até 3% de crédito para a ampliação de capacidade produtiva e modernização tecnológica. Além disso, há uma condicionante que garante um mínimo de recursos para investimentos em inovação de 10%, ou de 8% em inovação e 2% em programas socioeducativos.

Em casa

É impressionante o prestígio que o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, vem demonstrando. Na última segunda-feira (dia 26), o empresário baiano, que até pouco tempo liderava a Fieb, comandou os festejos pelo dia da indústria em Brasília. Colocou na mesa o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que é também comandante da pasta do Desenvolvimento, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, além de outras estrelas de primeira grandeza no mundo político, como os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. O discurso aguerrido do presidente da CNI em defesa da indústria foi bastante elogiado nos bastidores. Pela desenvoltura, parece até que Alban sempre esteve em Brasília.

Dois dígitos

A indústria brasileira de multipropriedades segue em trajetória ascendente e vai superar, este ano, os R$ 79,5 bilhões em potencial de Valor Geral de Vendas (VGV) apurados em 2024, com crescimento de dois dígitos. Os dados são da edição 2025 do relatório “Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil”, realizado pela Caio Calfat Real Estate Consulting, referência no setor, e que será lançado no dia 11 de junho, em Foz do Iguaçu, durante o ADIT Share. O estudo é feito com base em levantamento detalhado junto a incorporadoras, as e agentes do mercado, reunindo informações sobre os empreendimentos mapeados em diferentes status – fase de lançamento, em construção e prontos. Caio Calfat antecipa que a Bahia lidera o ranking da região Nordeste em número de empreendimentos, total de unidades habitacionais (UHs) e VGV superior a R$ 4 bilhões.

Liderança

Com mais de 223 mil contas cadastradas na B3 e um volume financeiro de R$ 11,74 bilhões em investimentos, a Bahia é responsável por um terço dos investidores nordestinos no mercado financeiro, segundo dados da B3. A quantia representa 2,25% de todo o capital aplicado no país. Para Larissa Falcão, sócia e líder regional da XP Norte e Nordeste, a evolução do mercado financeiro no estado é reflexo de mudanças culturais profundas. “Anos atrás, o o à informação sobre investimentos era muito a um público seleto ou a profissionais da área. Hoje, com as redes sociais, o surgimento de influenciadores e a democratização da informação, investir caiu no gosto do brasileiro”, afirma.

Base forte

As vendas de cimento no Nordeste cresceram 7,5% em 2024, alcançando 13,6 milhões de toneladas, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). A região, que teve o segundo maior crescimento, atrás apenas do Norte, impulsionada pelo programa Minha Casa Minha Vida, cresceu 8,5% nos quatro primeiros meses deste ano, com 4,5 milhões de toneladas do produto. Com 26 fábricas em quase todos os estados, exceto o Piauí, a região é o segundo maior mercado, atrás apenas do Sudeste. As últimas inovações da aplicação desse material poderão ser conferidas no 9º CBCi – Congresso Brasileiro do Cimento e na ExpoCimento, de 30 de junho a 2 de julho no Golden Hall WTC, em São Paulo.