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Esther Morais
Publicado em 29 de maio de 2025 às 07:32
Funkeiro, com vida de ostentação e jogos de aposta. O cantor MC Poze do Rodo, preso na madrugada desta quinta-feira (29) no Rio de Janeiro, é um dos cantores de trap mais ouvidos no país, acumula 15 milhões de seguidores nas redes sociais e tem um sistema de apostas com o próprio nome: Poze Prêmios. >
Marlon Brandon Coelho Couto Silva, conhecido como MC Poze, nasceu na Favela do Rodo, na Zona Oeste do Rio, tem 26 anos e cinco filhos com três mulheres diferentes. São eles: Júlia, Miguel e Laura (com Vivi Noronha), Jade (com Isabelly Pereira) e Manuela (com Myllena Rocha).>
Só no Spotify, o artista possui 5 milhões de ouvintes mensais. As músicas mais conhecidas são "Diz aí qual é o plano", "Me sinto abençoado" e "Madrugada é solidão". Parte das letras fazem referência para a facção Comando Vermelho. >
A canção "Homenagem Pra Tropa do Rodo" cita, por exemplo, "os menor [que] quebrava tudo de AK e de Glock" e termina dizendo que os envolvidos "nunca vão ser esquecidos", "Valeu, guerrilheiro. Que morreu metendo bala pelo Comando Vermelho", finaliza. >
MC Poze é preso no Rio
No Instagram, o cantor tem fotos com diversos famosos. A publicação fixada dele tem na capa uma imagem com Neymar, além do rapper Oruam, que já foi preso por disparar em um condomínio em São Paulo. >
Nos comentários, ele recebe apoio dos fãs. "Fiquei com pena! Sinceramente que Deus confirme e de forças para a família, ele vai sair dessa!", escreveu uma seguidora. "A sua liberdade vai chegar", comentou outro.>
Segundo a investigação, o funkeiro fazia shows exclusivamente em locais dominados pela facção Comando Vermelho (CV). Ainda neste mês, ele virou alvo da polícia após viralizar nas redes sociais vídeos de supostos traficantes ostentando armas durante seus shows na Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital fluminense.>
Nas gravações, feitas por supostos traficantes, é possível ver homens segurando armas de grande porte enquanto o artista se apresenta.>
O repertório das músicas de Poze “faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo” e “incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”, diz o relatório da DRE, segundo o g1 Rio. >