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Advogado que agrediu namorada critica suspensão da carteira da OAB: 'Querem me silenciar'

Registro profissional de João Neto foi suspenso preventivamente no dia 13 de maio

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 22 de maio de 2025 às 18:57

Publicação de João Neto
Publicação de João Neto Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O advogado e influenciador baiano João Neto, suspeito de agredir a namorada, criticou a suspensão do seu registro profissional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em uma publicação no seu perfil do Instagram. Em um vídeo Neto questionou o fato de não ter recebido 'proteção institucional' da OAB.

Ele ficou 29 dias detido no presídio Baldomero Cavalcante, em Maceió (AL), após agredir a companheira no apartamento do casal e foi liberado no dia 13 de maio, mesmo dia em que a carteira foi suspensa por 90 dias - prazo máximo permitido. A decisão unânime da Turma Especializada para Processamento e Julgamento de Suspensão Preventiva foi disponibilizada no Diário Eletrônico da OAB no dia 9 de maio. Para efeitos legais, a decisão teve validade a partir do dia 13.

O documento informa que suspensão preventiva ocorreu em um processo ético-disciplinar anterior à prisão. Trata-se de um processo instaurado devido a outras condutas do baiano, como falas polêmicas dadas nas redes sociais e em entrevistas.

Em um vídeo publicado na última terça-feira (20), o advogado mostra diferentes cômodos de um imóvel luxuoso. Ao final da gravação, Neto confirma que teve a carteira suspensa e atribui a suspensão ao racismo. "Esse negro aqui vai continuar tendo o que quer, vivendo onde quer e comprando o que quiser, porque não será meia dúzia de racistas [que vão impedir]. Porque é a isso que posso atribuir: ao racismo. Porque o negro não pode ter um apartamento desse, uma casa daquela, ter cinco carros. Vocês podem até tentar cassar ou podem até cassar, mas meu trabalho não vai parar", afirmou.

Na legenda da publicação ele alega que "a suspensão decorre de um episódio de natureza culposa — um acidente doméstico, que jamais teve dolo, jamais teve intenção" e questiona o fato de não ter sido 'protegido' pela Ordem. "E aqui reside a pergunta que não quer calar: por que para alguns a OAB oferece proteção institucional, mesmo em casos envolvendo tráfico, corrupção ou venda de sentenças e, para mim, um advogado negro, filho da periferia, não se levanta sequer em defesa da minha dignidade profissional? Dois pesos, duas medidas? O que querem é me silenciar. Mas eu me recuso a calar", escreveu o advogado.

Vídeo flagrou agressão

Um vídeo gravado por câmera de segurança mostra o momento em que uma mulher ensanguentada deixa um apartamento. João Neto aparece nas imagens segurando um pano, tentando conter o sangue que escorre do rosto da vítima. A Polícia Civil de Alagoas informou que João Neto agrediu sua companheira dentro do apartamento onde mora. Ele foi conduzido para a Central Flagrantes, onde os procedimentos legais foram adotados.

A vítima foi levada à delegacia para registrar o caso. A mulher relatou que João Neto a derrubou com um empurrão, que a fez cair e bater o queixo no chão provocando um corte profundo.

Em nota, a defesa de João Neto disse que tomou conhecimento das imagens divulgadas e que vai esclarecer o episódio. "A defesa do advogado João Neto vem a público informar que toma ciência das reportagens que circulam quanto ao suposto cometimento de crime no âmbito de violência doméstica. Todavia, esse assunto será esclarecido a partir de amanhã em sede de audiência de custódia em que pese a mesma não ser o ambiente propício para discussão de mérito", pontua.

O advogado baiano é famoso nas redes sociais. João Neto é conhecido por publicar vídeos no Instagram comentando casos de grande repercussão e tirar dúvidas de seguidores sobre o Direito. Ele se identifica como advogado criminalista, ex-militar da Polícia Militar da Bahia (PMBA) e mestre em Ciências Criminais.

Apesar da afirmação, a Polícia Militar informou que o advogado foi desligado do curso após denúncia de agressão e por ter sido flagrado utilizando meios irregulares para responder a uma avaliação do curso.