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Wendel de Novais
Publicado em 27 de maio de 2025 às 13:00
Preso pela polícia em um resort no estado de Alagoas, o traficante Jonathan Santana Valverde, o Dom da facção MK, tinha quatro mandados de prisão por homicídios em Camaçari e Região Metropolitana (RMS). Um dos casos, entretanto, ganhou destaque pelo caráter bárbaro. No dia 2 de março de 2023, Dom matou e queimou o motorista de aplicativo Rodrigo Costa Araújo, que foi encontrado na Via Parafuso. >
De acordo com processo do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), Dom executou a vítima a tiros antes de carbonizar o corpo que foi encontrado por familiares de Rodrigo na madrugada do dia 3 de março, dentro do carro em que ele atuava como motorista de aplicativo. A investigação policial comprovou que a vítima teria sido queimada depois de morta, de acordo com processo do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). >
“O laudo necroscópico aponta que o ofendido faleceu de traumatismo crânio encefálico por projétil de arma de fogo. Da mesma forma, o laudo de exame pericial de local do crime aponta que o veículo se encontrava afastado do ponto onde houve derramamento de sangue, sendo movido até o local onde foi queimado a 200 metros”, aponta o inquérito policial que baseou a denúncia. >
Dom é apontado como autor do homicídio de Rodrigo
A motivação do crime seria o fato de Dom acreditar que Rodrigo tinha furtado drogas da MK e, por isso, atraiu a vítima alegando que teria corrida no local onde ele pôde praticar o crime, configurando uma ação de emboscada. Cinco meses depois, já em agosto, Dom, na companhia de comparsas, matou também Evaristo Barbosa Neto no bairro Alto da Cruz, em frente a um depósito de bebidas. A vítima estava de costas quando foi atingida por disparos dos criminosos na cabeça e no peito. >
Os crimes citados corroboram com informações de que o traficante é um homicida frio e brutal. Segundo uma fonte policial consultada pela reportagem, Dom é um dos indivíduos mais perigosos do grupo. “Ele é o sanguinário da facção. Casos de mortes brutais são investigados com ação dele. Se era para matar alguém, com ele, não tinha qualquer cerimônia. Absolutamente perigoso e violento”, diz o policial, sem se identificar. >
Além dos crimes citados na reportagem, a Vara do Tribunal do Júri de Camaçari emitiu ainda mais dois mandados por homicídio qualificado que são referentes a investigações conduzidas pela 4ª Delegacia de Homicídios (DH) do município, configurando quatro mandados pelo crime contra ele. >